28 de março de 2011

Educação Quilombola




Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4yDennLjjVfJNtFYXf_jOcvXP83UY6B3ZhxgbLrILeYpWtwGLl0U3b9CuVgO36MgAEyTVtcrU268p50MsPC9O37cyyhHqVJybXqPdfUFz1iCspEQ0lMs3FRm65qd9OQh4f-ARWzIBPnc/s1600/DSC_0506.jpg



Surgidas no século XVII, em pequenos assentamentos rurais que se formavam espontaneamente e abrigavam negros foragidos das senzalas, índios e mestiços, as comunidades quilombolas se tornaram uma fonte rica e pura da cultura negra no país. Segundo o Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica da Universidade de Brasília (UnB), existem hoje registros de 2.842 comunidades quilombolas espalhadas por todas as regiões do Brasil.
A proposta é inserir nos currículos escolares temas que sejam comuns aos quilombolas, como terra, territorialidade e identidade, levando essa realidade aos estudantes. Mesmo com várias dificuldades, algumas comunidades conseguiram alcançar bons resultados práticos.
Entre alguns exemplos de iniciativas educacionais pioneiras estão as localidades de Campinho da Independência, no município de Paraty, no Estado do Rio de Janeiro, o quilombo de Frechal, no município de Mirinzal, no Maranhão, e em Conceição das Crioulas, no município de Salgueiro, no Sertão pernambucano. Nas três comunidades, estudantes têm contato com a realidade local durante as aulas de história, geografia, artes, português e matemática.


Fonte: http://www.geledes.org.br/images/plg_imagesized/7357-small-negro_educacao_110_80.jpg
Para se ter uma idéia dos números nacionais de estudantes quilombolas, existem 49.722 pessoas matriculadas em 364 escolas localizadas em áreas de quilombos. Os dados, divulgados pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), ligada ao Ministério da Educação, revelam também que 62% das matrículas estão concentradas na região Nordeste. Apesar do número significativo de estudantes nessas áreas, poucas escolas trabalham o desenvolvimento infantil por meio de atividades focadas na identidade étnica, uma das práticas da educação diferenciada. Brinquedos produzidos com materiais da comunidade – seja artesanato, como bonecas com a cor da pele das meninas –, além de atividades de seu cotidiano – como capoeira, música e dança – são exemplos de como podem ser usados os elementos locais como conteúdo de aprendizagem.
Atender à diversidade étnica no meio rural é mais difícil. Por isso, o esforço precisa ser ainda maior. Paralelamente, as famílias precisam ser orientadas para que possam cuidar e educar melhor de suas crianças, apoiando seu desenvolvimento.



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