31 de março de 2011

Preconceito Musical


Durante o nosso curso, estudamos e refletimos sobre diversos tipos de preconceitos, entre eles o preconceito musical, que está muito presente em nossa sociedade e que, sem perceber, o colocamos em prática em nossa vida.
Lembrando que preconceito é todo conceito antecipado que se faz de algo ou alguém. A música, uma manifestação cultural que deveria unir as pessoas, acaba as separando em grupos isolados, causando inclusive verdadeiras brigas e ofensas, que às vezes resulta até mesmo em violência.
“Rotulamos pessoas” pela sua preferência musical, e, sem perceber, estamos sendo preconceituosos.
E não é assim que deve acontecer. A música tem o poder de nos envolver, seja pelo ritmo, seja pela letra ou pelos dois. Para cada momento escolhemos um estilo musical.  Tudo depende de nossa intenção: dançar, namorar, ouvir, meditar...
Não existe um melhor tipo musical!
E agora cabe a todos nós mudar nossos conceitos!
E viva a diversidade musical!

30 de março de 2011

Questões de gênero e diversidade sexual

No decorrer do nosso curso estudamos também as questões ligadas à gênero e diversidade sexual, considerando sempre a importância e relevância de refletir sobre os conceitos relacionados à esta problemática e à formação das identidades individuais no processo educativo.  Vimos que "as relações de gênero se expressam nem sempre de forma explícita no cotidiano escolar, e que, como educadores , devemos estar atentos à estas questões e relações para podermos enfrentar e minimizar a violência gerada pelas situações de discriminação e preconceito que existem na escola."

 Diga não à Educação sexista, que reproduz ações discriminantes e preconceituosas!

POR UMA EDUCAÇÃO NÃO SEXISTA!

EDUCAÇÃO NÃO-SEXISTA é uma educação que busca promover a igualdade entre homens e mulheres. É necessário implementar novas idéias e valores que não reforcem a concepção de um mundo masculino superior ao feminino; que não limitem a capacidade e autonomia feminina; mas que ao contrário, estabeleçam condições de igualdade de oportunidades para ambos os sexos. O modelo que nos apresentam é de um mundo formado por homens e dirigido por eles. A mulher é apresentada como um apêndice, um ser quase imperceptível apenas coadjuvante na construção da sociedade. Transformar esse modelo exige determinação, atenção e disposição. Para se combater esta educação sexista deve-se evitar grupos por sexo, fazer leituras críticas dos livros didáticos a partir da perspectiva de gênero, analisar a realidade da sociedade brasileira e a importância da mulher nessa sociedade, acabar com os estereótipos que enclausuram homens e mulheres em mundos divididos e rígidos padrões de comportamento. Precisamos refletir também sobre gênero em nossas práticas e instituições sociais.
Outro aspecto na minha opinião é o conhecimento que temos e o que podemos ter acerca dos atores principais na tarefa educativa. Refiro-me aos e às docentes. O magistério, isto é, as professoras e os professores têm tido um papel destacado em lutas históricas, das quais temos obtido grandes conquistas. No entanto, ainda é pequeno o trabalho desenvolvido sob a perspectiva de gênero para potencializar a educação como um verdadeiro instrumento de democracia e equidade para o futuro que desejamos. Só assim a escola poderá certamente contribuir para uma maior igualdade entre homens e mulheres no conjunto da sociedade, à medida que caminhar na direção de uma educação não-sexista, que contribua para superação de preconceitos e para a construção de pessoas comprometidas com a igualdade de direitos entre os sexos.
As mulheres assim como as mães e professoras muitas vezes reproduzem o machismo e as idéias dominantes na sociedade, que pregam a suposta inferioridade das mulheres em relação aos homens. Não podemos nos esquecer de que as idéias dominantes na sociedade são dominantes justamente porque estão na cabeça da maioria dos homens e das mulheres também. Essas idéias são repetidas à exaustão na família, na escola, nas igrejas, nos meios de comunicação, e não é de se estranhar que muitas mulheres se convençam delas. Mulheres que pensam diferente, principalmente as que se organizam nos movimentos de mulheres, têm que ter muita coragem para expor suas idéias, porque os que pensam como a maioria faz de tudo para ridicularizá-las e diminuir a importância do que estão dizendo. Considerando-se que somos educadas (os) desde pequenas (os) para representar papéis criados social e culturalmente e com os quais estamos tão acostumadas (os) que até parecem "naturais", vemos que é na família, na escola e no resto de nossas vidas que aprendemos e incorporamos estes papéis sociais. Assim, meninos e meninas são educados de forma diferente e nesta educação diferenciada vamos encontrar uma das bases para a atual submissão da mulher.

Fonte:
Leia mais sobre este assunto, acesse : http://www.conem.go.gov.br/artigo1.htm

29 de março de 2011

Uma pausa para: "Frases e pensamentos"

"Saber lidar com a diversidade, não é aceitar as diferenças, é estar apto e seguro de si proprio"(Eduardo Schulz Neto 09-07-07)


"A arte mais difícil, e simultaneamente mais utíl, é a de saber educar".
Persichetti


"A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo."
Merleau-Ponty.


"A única coisa que interfere com meu aprendizado é a minha educação."
Albert Eisntein


"Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende."
Leonardo da Vinci


"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda."
Paulo Freire


"É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais."
Coelho Neto


"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."

Paulo Freire

"Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade."
Paulo Freire

"Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo"
Mahatma Gandhi

"É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática!"
Paulo Freire

28 de março de 2011

Educação não tem cor!

Educação não tem cor

Com discussões e projetos bem elaborados, é possível combater o preconceito racial que existe, sim, na escola. Está nas suas mãos, professor, o sucesso dessas crianças, negras e brancas, como alunas e cidadãs.
fonte: http://revistaescola.abril.com.br/img/home/educacao-cor.jpg

Roseane Souza de Queirós, 8 anos, tem os cabelos lisos e claros, mas queria que eles fossem trançados e escuros como os da colega de sala de aula Juliana Francisca de Souza Claudino, uma garota negra também de 8 anos. Um dia, apareceu com o mesmo penteado afro. A atitude de Roseane surpreende. É muito, muito mais comum a criança negra desejar se parecer com a maioria dos heróis dos contos de fadas europeus, com as modelos estampadas em revistas e jornais e com os colegas que recebem maior atenção em sala, todos brancos e loiros. As duas meninas participam sistematicamente de discussões e projetos anti-racistas na Escola Classe 16, no Gama (DF). O desejo de Roseane é um exemplo concreto de que é possível combater na escola preconceitos e estereótipos enraizados.


E prova, de acordo com especialistas, que uma das saídas para o fim das desigualdades educacionais do Brasil está em enfrentar as desigualdades raciais que estão presentes, sim, no ambiente escolar.

Gostou dessa postagem? Quer saber mais?? Leia a reportagem na íntegra : http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/legislacao/educacao-nao-tem-cor-425486.shtml

Biblioteca em comunidade quilombola

Programa instala biblioteca em comunidade quilombola
Como os livros mudaram a vida de uma comunidade ribeirinha do interior do Pará

fonte: http://revistaescola.abril.com.br/img/lingua-portuguesa/comunidade-jacarequara.jpg
 
CASA DE LEITURA A sala de uma moradora abriga os livros usados por toda a comunidade

Na Comunidade Quilombola Jacarequara, em Acará, a 25 quilômetros de Belém, a energia elétrica só foi instalada em outubro de 2006, transformando a vida das 42 famílias que moram lá. Dez meses depois, uma nova revolução marcou a história do vilarejo: a chegada de 280 livros enviados pelo Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O acervo inclui literatura infantil, juvenil e clássica, além de obras técnicas e didáticas. Antes disso, encontrar um material de leitura era coisa rara, assim como ler histórias. Hoje isso mudou.

Quem cuida desse acervo é uma voluntária, dona Carmen Nogueira de Sousa, ex-professora da única escola local e escolhida pela comunidade para gerenciar os empréstimos e conservar as obras. Na verdade, os livros ficam guardados na sala da casa dela, dividindo espaço com uma televisão e algumas cadeiras. As portas estão sempre abertas e a busca por leituras é constante.

Educação Quilombola




Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4yDennLjjVfJNtFYXf_jOcvXP83UY6B3ZhxgbLrILeYpWtwGLl0U3b9CuVgO36MgAEyTVtcrU268p50MsPC9O37cyyhHqVJybXqPdfUFz1iCspEQ0lMs3FRm65qd9OQh4f-ARWzIBPnc/s1600/DSC_0506.jpg



Surgidas no século XVII, em pequenos assentamentos rurais que se formavam espontaneamente e abrigavam negros foragidos das senzalas, índios e mestiços, as comunidades quilombolas se tornaram uma fonte rica e pura da cultura negra no país. Segundo o Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica da Universidade de Brasília (UnB), existem hoje registros de 2.842 comunidades quilombolas espalhadas por todas as regiões do Brasil.
A proposta é inserir nos currículos escolares temas que sejam comuns aos quilombolas, como terra, territorialidade e identidade, levando essa realidade aos estudantes. Mesmo com várias dificuldades, algumas comunidades conseguiram alcançar bons resultados práticos.
Entre alguns exemplos de iniciativas educacionais pioneiras estão as localidades de Campinho da Independência, no município de Paraty, no Estado do Rio de Janeiro, o quilombo de Frechal, no município de Mirinzal, no Maranhão, e em Conceição das Crioulas, no município de Salgueiro, no Sertão pernambucano. Nas três comunidades, estudantes têm contato com a realidade local durante as aulas de história, geografia, artes, português e matemática.


Fonte: http://www.geledes.org.br/images/plg_imagesized/7357-small-negro_educacao_110_80.jpg
Para se ter uma idéia dos números nacionais de estudantes quilombolas, existem 49.722 pessoas matriculadas em 364 escolas localizadas em áreas de quilombos. Os dados, divulgados pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), ligada ao Ministério da Educação, revelam também que 62% das matrículas estão concentradas na região Nordeste. Apesar do número significativo de estudantes nessas áreas, poucas escolas trabalham o desenvolvimento infantil por meio de atividades focadas na identidade étnica, uma das práticas da educação diferenciada. Brinquedos produzidos com materiais da comunidade – seja artesanato, como bonecas com a cor da pele das meninas –, além de atividades de seu cotidiano – como capoeira, música e dança – são exemplos de como podem ser usados os elementos locais como conteúdo de aprendizagem.
Atender à diversidade étnica no meio rural é mais difícil. Por isso, o esforço precisa ser ainda maior. Paralelamente, as famílias precisam ser orientadas para que possam cuidar e educar melhor de suas crianças, apoiando seu desenvolvimento.



Breve análise do Plano de aula do EJA- "Trabalhando com música, leitura e escrita"

Pontos Positivos do plano



1- A música trabalhada "Cio da Terra" é uma bela canção conhecida por muitos, talvez todos os alunos, o que pode ajudar no interesse da turma pela aula, além de poderem ouvir e também assistir ao clipe do cantor;


2- A possibilidade de trabalhar um diferente gênero textual através da letra da música (poema e sua estrutura) , de uma forma prazerosa ;


3- O trabalho com outro tipo de texto (instrucional), através da escrita da receita de pão .Além de trazer tranquilidade aos alunos pelo conhecimento deste tipo de texto, possibilita o envolvimento dos mesmos na troca de receitas, na escolha da melhor receita (ou a mais adequada) e no possível lanche coletivo que eles poderão realizar, propiciando assim a socialização da turma ;


4- Os alunos irão enriquecer seu vocabulário ao interpretarem a música, e também terão contato com o dicionário e a melhor maneira de utilizá-lo.


5- A música pode gerar uma discussão entre a turma sobre o trabalho no campo, situações vivenciadas por algum deles, alimentação, entre outros temas.




Pontos negativos:

Na nossa análise, não vemos pontos negativos significativos neste plano. Talvez o fato de alguns alunos da turma não gostarem do gênero da música trabalhada, ou a escola não dispor de um rádio ou dvd para ouvir e assistir ao clipe, mas isso pode ser contornado pelo professor que pode levar um aparelho ou pedir para algum aluno levar. Acreditamos que não há problemas para este plano ser desenvolvido.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

Um dos pontos abordados no nosso curso, foi a Educação de Jovens e Adultos.
Quando um jovem ou um adulto procura a escola, essa decisão envolve várias situações, como a família, as condições de acesso disponíveis, a distância da escola para sua casa, entre outras. Por isso frequentar a escola passa a ser um projeto de vida para um adulto.  E quando eles chegam à escola, muitas vezes se deparam com uma realidade bem diferente da época em que estudavam regularmente, e até mesmo da escola de seus filhos.  Um dos impactos é a diferença no modelo de aprendizagem, o aluno chega esperando que o professor apenas passe, transmita o conteúdo e este o receba passivamente, e estranha quando se depara com uma nova concepção de escola em que eles são colocados como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem.

Eis aqui um modelo de um plano de aula, uma sugestão a ser trabalhada com alunos do EJA:


EJA-TRABALHANDO COM MÚSICA , LEITURA E ESCRITA
Estrutura Curricular
modalidade/nível de ensino: Educ.de Jovens e Adultos- 1º ciclo

componente curricular: Língua Portuguesa

tema: Leitura e Escrita de texto.

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Nesta aula o/a aluno/a poderá aprender a diferenciar alguns portadores de textos, tais como música, poema e texto instrucional, além de enriquecer seu vocabulário, aprender a ortografia das palavras através de uma atividade significativa e ampliar seus conhecimentos sobre a culinária.

Duração das atividades
4 aulas – aproximadamente 240 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Professor/a lembre-se, estamos trabalhando com jovens e adultos/as, assim partimos do princípio de que já possuem uma bagagem cultural relevante, suas vivências colaboram para que tenham alguns conhecimentos prévios significativos, portanto é fundamental que esses conhecimentos sejam considerados. Investigue o que eles/as conhecem sobre música, gêneros musicais e textos instrucionais como receitas culinárias.

Estratégias e recursos da aula
1- Professor/a providencie um aparelho de som e um CD que tenha a música “Cio da Terra” de autoria de Chico Buarque e Milton Nascimento e cantada por Milton Nascimento, Pena Branca e Xavantinho. Você vai encontrar outros cantores interpretando esta música, escolha aquela versão que achar melhor ou que encontrar com facilidade.

2- Leve para a classe, a letra da música escrita em um cartaz, ou passe na lousa. Caso sua escola tenha recurso de multimídia, data show é uma opção interessante, pois vamos indicar um site que você vai encontrar a música cantada por Milton Nascimento, som e letra, além de uma bela imagem do cantor.

3- Acesse, http://www.youtube.com/watch?v=mAS9a7H2T78&feature=related. Você vai precisar também, de um livro ou caderno de receitas, ou então leve algumas receitas culinárias escritas, para isso sugerimos o site http://www.livrodereceitas.com/. Este material será muito útil em suas aulas.


1ª aula – 120 minutos (2 aulas geminadas )

Explorando a música “Cio da Terra”

1- Professor/a estimule seus/as alunos/as dizendo que terão uma aula diferente. Lembre-se, não utilize uma linguagem infantilizada.

2- Questione-os/as sobre o tipo de música que gostam? O que mais gostam na música; o som dos instrumentos (melodia) ou a letra da música? Investigue quem conhece a música “Cio da Terra” de autoria de Chico Buarque e Milton Nascimento e cantada por Milton Nascimento, Pena Branca e Xavantinho? Do que fala a música? Depois de sondar estas informações ouça a música com eles/as.

3- Após ouvir pelo menos duas vezes a música para familiarizar com a melodia e a letra, peça que cantem juntos. Em seguida, apresente a letra por escrito, no cartaz ou na lousa. Entregue a cópia da letra da música ou os/as alunos/as deverão copiá-la no caderno.

4- O registro é muito importante para que eles/as confrontem as suas hipóteses sobre a escrita das palavras. Como os adultos vivem em um mundo letrado eles/as já tem familiaridade com músicas e poemas. Explique que esta música é um poema, por isto está escrita em versos e estrofes. Explore com eles/as o significado de verso (cada linha de um poema é um verso) e estrofe (grupo de versos de um poema). A rima é um recurso usado nos poemas para dar sonoridade. Consiste em colocar palavras com sons iguais a partir da última vogal tônica, mas nem todo poema tem rimas.

5- Você pode propor também uma brincadeira com rimas, você apresenta algumas imagens, retiradas de revistas, livros usados etc. Os/as alunos/as observam a imagem e falam uma palavra que rima com ela, por exemplo: imagem de um avião o/a aluno/a poderá dizer pão, chão etc.

O Cio da Terra

Composição: Milton Nascimento / Chico Buarque
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão...

Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel...

Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão.


Registrando no caderno
1- Escreva o título da música.


2- Justifique o nome do poema cantado por Milton Nascimento.


3- Segundo o dicionário Aurélio a palavra forjar significa “aquecer e trabalhar na forja; caldear, fabricar, fazer (...)”. O que significa o verso do poema “forjar do trigo o milagre do pão”?


4- Discuta com seus/as colegas e professor/a o significado de “cio da terra” no poema e registre no quadro.



ESTROFES
SIGNIFICADO

1ª ESTROFE

2ª ESTROFE

3ª ESTROFE



5- Localize no poema e circule: na primeira estrofe as palavras trigo e pão. Na segunda estrofe as palavras cana e garapa. Na terceira estrofe as palavras terra e chão.


6- Agora, descubra essas palavras no caça palavras e circule ou pinte da cor que você quiser.


D
R
T
E
R
R
A




2ª aula- 120 minutos (2 aulas geminadas)
Trabalhando com texto instrucional.


1- Professor/a, aproveite o poema “Cio da Terra” e trabalhe um texto instrucional com a turma.

2- Os textos instrucionais descrevem etapas que devem ser seguidas. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: receitas, manuais, instruções para organizar um jogo, entre outros.

3- Inicie trabalhando com receita culinária. Resgate com eles/as a primeira estrofe do poema: “Debulhar o trigo. Recolher cada bago do trigo. Forjar no trigo o milagre do pão. E se fartar de pão...”. Pergunte para eles/as quem sabe fazer pão. Certamente algumas mulheres ou homens dirão que sabem. Pergunte-lhes como eles/as fazem e quais os ingredientes utilizam? Questione-os/as sobre como se escreve uma receita de pão. É como em uma carta que escrevo para um/a filho/a que mora longe? É como uma história que tem nos livros? Mostre o/s livro/s ou caderno de receitas que você levou para a classe. Explore o formato da receita. O que se escreve primeiro? O que vem depois? Registre na lousa uma receita ditada por eles/as, caso não se lembrem de nehuma, escolha uma receita simples de pão que você escolheu no sítio sugerido e registre para eles/as. Veja uma receita que retiramos do site: http://www.livrodereceitas/ .


Massa básica para pães

Esponja:


1 e ¼ xícara de leite morno
1 xícara de farinha de trigo
1 colher (chá) de açúcar
1 tablete de fermento bio lógico fresco (15g) esfarelado

Massa:
½ xícara de manteiga gelada
3 xícara de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
2 ovos em temperatura ambiente

Para pincelar:
2 gemas batidas

Esponja:
Numa tigela, misturar a farinha com o açúcar, o fermento e o leite. Cobrir com um pano seco. Aquecer levemente o forno, desligar e deixar essa mistura descansar dentro dele por 30 minutos.

Massa:
Em outra tigela, misturar a farinha com o sal e a manteiga. Misturar com as mãos e fazer uma depressão no centro. Bater os ovos ligeiramente e colocar no centro. Juntar também a esponja. Mexer bem até incorporar todo o líquido. Se ficar grudento juntar mais um pouco de farinha. Transferir para uma superfície polvilhada e bater (levantar e jogar) por 10 minutos até obter uma massa elástica. Formar uma bola, colocar em tigela untada com óleo, cobrir com filme plástico e deixar descansar até dobrar de volume (+ ou - 1 hora). Abaixar a massa com o punho, transferir para superfície polvilhada e amassar por um minuto. Moldar bolinhas e colocar em assadeira polvilhada com farinha. Cobrir novamente com pano deixar descansar por mais 20 minutos. Aquecer o forno em temperatura média. Pincelar os pães com a gema batida e assar por 35 minutos ou até dourar.


Explorando a receita:

1- Qual é o principal ingrediente utilizado no pão?
2- Quantas xícaras de farinha de trigo vão gastar ao todo?
3- Quantos ovos vão ser gastos para fazer este pão?
4- Aproximadamente quanto vai custar esta receita?
5- Quantos pães vocês acham que poderão dar nesta receita? (Trabalhando estimativa)
6- Qual seria o tamanho dos pães para que pudesse dar a quantidade que vocês sugeriram?


Tarefa para casa.

1- As atividades para casa devem ser contextualizadas. Lembre-se, seus/as alunos/as, provavelmente são trabalhadores/as e por isso, não tem muito tempo disponível, mas esta é uma atividade que além de ser significativa poderá ser muito útil a eles/as.

2- Proponha que para a próxima aula eles/as tragam para a classe, por escrito, uma receita de pão caseiro. Estas receitas serão socializadas, lidas para todos/as, por você professor/a ou por algum/a aluno/a que se julgar apto/a.

3- A turma deverá escolher, através de votação, uma receita que será copiada por todos/as. Professor/a você poderá explorar matematicamente os dados da eleição propondo algumas situações-problema. Exemplo: A receita de Pão Integral obteve 7 votos e a de Pão de Cristo 3. Quantos votos mínimos, a segunda receita teria que ter a mais para ganhar da primeira?

4- Que tal sugerir um lanche coletivo com os pães que eles/as fizeram a partir das receitas que trarão na próxima aula? Será uma aula deliciosa! Leve um suco vai ficar ainda melhor.

Avaliação
Professor/a verifique se seus/as alunos/as realmente compreenderam o conceito destes dois gêneros textuais. Para isso, questione-os/as sobre o que é uma música, o que é um poema? Qual a estrutura de um poema? E de um texto instrucional? Como é escrito? A receita de pão é um poema ou um texto instrucional? Lembre-se de pedir aos/às alunos/as que opinem sobre as atividades realizadas: o que foi bom, o que foi ruim e por que.


autor: Denize Donizete Campos Rizzotto

co-autores: Eliana Aparecida Carleto, Luciana Soares Muniz, Patrícia Pacheco e Ana Maria Ferola.

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7786

Tags: Música e Escrita

16 de março de 2011

Inclusão

Alunos surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte.
Trabalhar música, dança e teatro com alunos surdos ainda é raridade. Conheça três exemplos de professores que fazem isso com qualidade.



Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/img/inclusao/inclusao-deficiencia-auditiva1.jpg
 
Há muito tempo, se fala em inclusão de crianças com deficiência nas escolas. Cenas como a da foto acima, porém, continuam sendo raras. Trata-se de um grupo de teatro escolar que mistura alunos deficientes auditivos com ouvintes. Na EM Severino Travi, em Canela, a 122 quilômetros de Porto Alegre, as atividades de Arte integram normalmente os surdos. A trupe teatral já participou de vários festivais, ganhou prêmios e sempre é muito aplaudida. Além disso, a garotada tem uma fanfarra - e todos concordam que o contato com as diferentes expressões artísticas ajuda a turma também nas outras disciplinas, sem falar na integração entre os alunos. A Severino Travi, no entanto, ainda é exceção.


Mas, ainda que o número de surdos matriculados em escolas regulares venha aumentando (só nos últimos dois anos, o crescimento foi de 21%, segundo o Censo Escolar), os próprios especialistas têm dificuldades em indicar boas experiências de ensino de Arte que incluam esse público específico. Para produzir esta reportagem, por exemplo, NOVA ESCOLA entrou em contato com todas as Secretarias estaduais de Educação e com dezenas de municipais. Nenhuma delas conhecia boas escolas para indicar.


Felizmente, há (sim) professores desenvolvendo bons trabalhos de Arte que incluem crianças e jovens que sofrem, em algum grau, com a deficiência auditiva. E, como acontece com as outras disciplinas, os resultados são sempre muito animadores. Os surdos estão mais habituados a gesticular e perceber emoções nos outros. Por isso, quando convocados a se expressar por meio de caras, bocas e movimentos do corpo, eles tiram de letra. "Para aproveitar melhor essa habilidade, é essencial explorar linguagens diferentes", diz Daniela Alonso, especialista em inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. "Para ficar no exemplo do teatro, é possível montar um espetáculo falado na Linguagem Brasileira de Sinais (libras), trabalhar com mímica ou mesmo criar personagens que não falam, mas interagem com os outros."


Basta lembrar que, antes de surgir a tecnologia que permitiu criar filmes falados, todo mundo entendia o cinema mudo. Nas artes visuais, a audição não costuma ser o sentido mais importante. E muita gente sabe que, para dançar, basta sentir a vibração da música (e não é preciso ouvir para sentir essa vibração). Nesta reportagem, você vai conhecer as histórias de três escolas que desenvolvem projetos de qualidade que incluem jovens surdos em atividades de teatro, dança e música. Afinal, como escreveu o russo Leon Tolstói (1828-1910), a Arte é mesmo "um dos meios que unem os homens".

Boas formas de usar o intérprete nas aulas de teatro

PROTAGONISTAS E COADJUVANTES Na EE Clarisse Fecury, em Rio Branco, alunos surdos participam normalmente das classes de Teatro do 5º ano. A garotada já fez peças sem diálogos, espetáculos de dança, cenas usando libras e montagens com falas. "Explorar as possibilidades permite que todos sejam protagonistas. Do contrário, os surdos só interpretam papéis coadjuvantes", diz Simone Araújo da Costa, a professora, que conta com a ajuda de uma intérprete.


Simone Araújo da Costa, da EE Clarisse Fecury, em Rio Branco, conta com uma ajuda especial em suas aulas de Teatro. Como ela tem quatro alunos surdos na turma de 5º ano, a intérprete Jardilene Lopes participa de todas as atividades preparadas pela professora. Tudo o que Simone ensina, Jardilene traduz para libras. Assim, ela ajuda as crianças com deficiência a acompanhar as tarefas, que são sempre diversificadas: peças tradicionais, outras só em linguagem de sinais e algumas com destaque para a dança. Tudo para permitir que os estudantes atuem em papéis diferentes e conheçam estilos diversos de encenar textos teatrais (leia mais na legenda da foto acima).

Vale lembrar que foi só em 2005 que entrou em vigor a lei que garante o direito de ter um intérprete na sala de aula. Mas outra mudança, dizem os especialistas, também foi fundamental para aumentar a participação dos surdos nas escolas regulares. "As famílias estão mais conscientes sobre as possibilidades dos filhos. Essa mudança de postura foi a grande responsável pelo aumento do número de matrículas", diz Maria Sílvia Cárnio, coordenadora de um grupo de teatro com surdos e docente do curso de Fonoaudiologia da Universidade de São Paulo (USP). "Ser participante de uma manifestação artística melhora muito a visão que o aluno tem de si próprio. No palco, ele está no centro e se sente ainda mais integrado", completa.

No dia a dia, há outros benefícios importantes. O teatro auxilia também no aprendizado da Língua Portuguesa. "A leitura das peças melhora a escrita e ajuda a entender as regras gramaticais, a ampliar o repertório cultural e a desenvolver a oralização daqueles que conseguem falar", destaca Maria Sílvia. Em Rio Branco, todos têm muito contato com a língua escrita: ao apreciar montagens em vídeo, acompanham as histórias com legendas e, ao ler textos teatrais, aprendem a importância da pontuação para transmitir as ideias - como não existem pontuação e entonação em libras, aprender o português formal não é tão simples para os deficientes auditivos.
Ensinar música para surdos pode parecer muito difícil. Mas basta lembrar que Beethoven (1770-1827) se tornou um gênio do cenário erudito depois que perdeu a audição. Por não ouvirem, os surdos têm os outros sentidos mais aguçados, o que lhes permite, por exemplo, captar com relativa facilidade as oscilações geradas pelas ondas sonoras. É por isso que eles conseguem notar a aproximação de uma pessoa. E é essa vibração a chave para atividades com instrumentos em classe.

A EM Severino Travi, citada no início desta reportagem, faz isso há algum tempo com a garotada de 5º ano. O professor Rogério Heurich é também o maestro da fanfarra da escola, que conta com a participação de vários estudantes deficientes auditivos - quase todos eles tocam instrumentos de percussão.

No início, os gestos usados para reger se confundiam com os sinais de libras. Junto com o intérprete da escola, ele bolou um jeito diferente de reger e acabou com os problemas de comunicação (leia mais na legenda da foto da página seguinte). "A surdez não é uma barreira. Como esses meninos são mais sensíveis às vibrações sonoras, conseguem grande precisão na hora de usar a força", explica Rogério.


NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO A maior dificuldade do professor Rogério Heurich nas aulas de música era se comunicar: os sinais usados pelos maestros eram difíceis de entender para os jovens surdos da EM Severino Travi, em Canela, no interior gaúcho. Com o auxílio da intérprete, ele criou gestos especiais, misturados com libras. "Agora que o ano está terminando, eles nem precisam mais que eu aponte os erros. Às vezes, ajudam os colegas ouvintes a entrar no ritmo", orgulha-se.



Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/alunos-surdos-cantam-dancam-interpretam-aula-arte-611922.shtml?page=0

Diferente ou desigual?

Olá pessoal! No decorrer do nosso curso discutimos se é normal ser diferente, e também o que está por trás do termo pessoa desigual   pessoa diferente, dentro do contexto atual em que vivemos de uma sociedade naturalmente excludente. Após várias leituras e discussões entre as colegas de grupo, chegamos à conclusão de que a desigualdade social é um dos grandes problemas que enfrentamos atualmente, não só em nosso país mas em muitos outros. Ninguém é igual a ninguém , cada pessoa se torna diferente da outra em muitos aspectos, mas quando a sociedade em geral julga que uma pessoa é "diferente do normal" a mesma passa a ser excluída, discriminada.  Todos podemos ser diferentes, e somos, mas não precisamos ser desiguais! A desigualdade é cruel e excludente!
Mas essa triste realidade pode (e deve) ser mudada através de políticas sociais e econômicas de qualidade, e principalmente através da Educação. Eis aí a nossa grande missão de educadores, contribuir para que ocorram mudanças de valores, conceitos e atitudes de nossos alunos diante a desigualdade, o preconceito, através de uma verdadeira Educação para a Diversidade e Cidadania.

Postamos um vídeo que nos ajuda a compreender que apesar de diferentes, somos todos iguais! E isso é normal!  Esperamos que gostem! E comentem...

15 de março de 2011

Diversidade Cultural- vídeo

Um vídeo pequeno mas bastante interessante que mostra , de maneira simples, como somos todos diferentes culturalmente, fisicamente, etc, mas não menos ou mais  importante que o nosso próximo!  Esperamos que gostem!

14 de março de 2011

É bullyng?

1. O que é bullying?  

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

“É uma das formas de violência que mais cresce no mundo”, afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro "Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz" (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

Nos links, abaixo, você encontra respostas para as dúvidas mais recorrentes relativas ao tema. Como o tema suscita novos debates a cada dia, publicamos durante dezembro um fórum com a consultora Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação “As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral”, da Universidade de Franca (Unifran).

2. O que não é bullying?

Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não são considerados bullying, pois são caracterizados como uma agressão moral. Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a violência precisa ser entre pares (colegas de classe ou trabalho, por exemplo), e apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. ''Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor'', explica a especialista.

3. O bullying é um fenômeno recente?

O bullying sempre existiu. No entanto, o primeiro a relacionar a palavra a um fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega. Ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes no fim da década de 70, o pesquisador descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a combater.

A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. “O fato de ter consequências trágicas, como mortes e suicídios, e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema”, aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro ''Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil'' (164 págs., Thesaurus Editora tel. (61) 3344-3738).

4. O que leva o autor do bullying a praticá-lo?

O autor do bullying atinge o colega com repetidas humilhações ou depreciações porque quer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.

''O autor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar na qual tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz isso no ambiente escolar'', explica o médico pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Sozinha, a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um praticante de bullying. ''A tendência é que ele seja assim por toda a vida, a menos que seja tratado'', diz.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-escola-494973.shtml

Tolerância e Intolerância

CURSO: CURSO EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA-UNESP-SECAD-UAB
PROFª RESPONSÁVEL: Elisandra André Maranhe
TUTORA: Jaqueline de Souza José
ALUNA: Elisangela Ribeiro Dias Lourenço
GRUPO: C
POLO: São José do Rio Preto.
MÓDULO 2- UNIDADE 1
AT-3- PRODUÇÃO TEXTUAL:

TOLERÂNCIA E INTOLERÂNCIA

Após a leitura da unidade 1, lendo e conhecendo um pouco mais os vários conceitos que são pré-requisitos para o melhor entendimento do tema Educação para Diversidade e Cidadania, optei por fazer uma análise sobre as ideias que temos a respeito de tolerância e intolerância.
Quando falamos no assunto, a primeira ideia que nos surge é que a pessoa tolerante
é “boa, compreensiva, solidária, etc” , e a pessoa intolerante é “má, egoísta, insensível, etc”. É comum denominarmos os outros e a nós mesmos como tolerantes ou intolerantes a determinados assuntos sem pensarmos no significado real da palavra. São conceitos prontos, oriundos de um censo comum e passados adiante e acabamos aceitando sem percebermos seu real significado e aplicação.
No texto, Clodoaldo (2009, p.10) nos leva a refletir sobre a tolerância quando nos diz que “devem ser respeitados todos os valores de todas as culturas? Todas as posições políticas e sociais? A tolerância não tem limites? Como identificá-los?”
Muitas vezes aceitamos , toleramos o diferente mas não percebemos que estamos camuflando uma aparente aceitação, uma tolerância passiva ,uma atitude de resignação diante da opressão e desigualdades sociais (MARCUSE, 1970).
Bobbio (1992) nos diz que existem a tolerância e a intolerância boas, e a tolerância e intolerância ruins, formando pares opostos de valores que se opoem. Segundo ele a tolerância positiva respeita as diferenças rejeitando todas as formas de preconceito e exclusão, que constituem a intolerância negativa. E a intolerância boa revela firmeza nos princípios, combate a opressão e desigualdades sociais, se indigna, o oposto da tolerância ruim, que mostra passividade à situação de opressão e desigualdades.
Sendo assim, percebo que precisamos promover a vinculação desses opostos de maneira a contribuir para uma verdadeira transformação social, diversificada e inclusiva. Não podemos apenas achar que ser tolerante é aceitar alguém ou alguma coisa fora do padrão dito normal pela sociedade, pois assim estamos nos colocando num patamar superior ao outro que está sendo tolerado.
Nós educadores às vezes pensamos que quando estamos trabalhando algum tema cultural como por exemplo o “ dia do Índio “, estamos estimulando a diversidade, mas acabamos esteriotipando , caricaturizando-os superficialmente. Muitas vezes podemos estar, inconscientemente, praticando uma tolerância ruim, pois “camuflamos” a história de sofrimento, exploração , dominação que pode estar ligado à tal cultura.
A escola deve promover uma reflexão sobre o conceito da tolerância que aborde essa oposição, sempre colocando em discussão os limites da tolerância , discutindo sobre o que para nós pode ser tolerado e intolerado de forma boa, contribuindo assim para uma cultura de paz.



Referências:


BOBBIO, N. As razões da tolerância. In:A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Campus, 1992.




CARDOSO, C.M. Fundamentos para a Educação na Diversidade.In:MORAES,Mara Sueli S.;MARANHE, Elisandra ª Introdução conceitual para Educação na Diversidade e Cidadania.Bauru, 2009.v.2,un.1, p.10.


MARCUSE, H. Tolerância repressiva. In: Crítica da tolerância pura. Rio de Janeiro: Zahar, 1970. (Coletânea)

13 de março de 2011

Educação para Diversidade e Cidadania

Fonte: http://www.infojovem.org.br/wp-content/uploads/2009/11/Diversidade-Brasileira.bmp
A diversidade é um dos princípios básicos da cidadania e representa a efetivação do direito à diferença, criando condições e ambientes em que as pessoas possam agir em conformidade com seus valores individuais.
Apesar de a escola não ser o único lugar que promova a Educação, podemos considerar que a Educação escolar é uma importante via para que se desenvolva valores para o exercício da cidadania .
Sendo assim, a Educação para a Diversidade e Cidadania torna-se hoje imprescindível, visto que a Educação tem sido vista como uma das fundamentais condições de acesso  à cidadania, e dessa maneira deve ser levada à todas as pessoas indiscriminadamente, de maneira à promover uma verdadeira transformação social, diversificada e inclusiva.
Na Era digital em que nos encontramos, num mundo globalizado, ainda nos deparamos com diferentes tipos de preconceitos, que levam à exclusão, daí a importância e necessidade de promover a Educação para a diversidade , buscando desenvolver valores que levem à aceitação, respeito, tolerância e igualdade.